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O setor de construção civil apresentou desaceleração no terceiro trimestre de 2024, com queda de 3% no volume de vendas em comparação ao mesmo período do ano anterior. As incorporadoras atribuíram o desempenho à alta dos juros e ao aumento dos custos de materiais.
Análises contábeis de empresas como MRV e Cyrela revelam que a margem bruta caiu para 27%, refletindo o impacto do aumento nos custos de insumos como cimento e aço. Além disso, o nível de estoque de imóveis prontos subiu 15%, indicando um ritmo mais lento de comercialização.
Relatórios do mercado indicam que a taxa de financiamento imobiliário, atualmente em 12,5%, tem sido um grande obstáculo para os compradores. Muitos têm optado por imóveis de menor valor, o que força as empresas a ajustarem suas estratégias de portfólio e preços.
Apesar disso, o segmento de imóveis econômicos, especialmente os ligados ao programa Casa Verde e Amarela, mostrou resiliência, com aumento de 5% nas vendas. Esse nicho continua sendo a principal fonte de receita para muitas incorporadoras.
A conclusão é que o setor de construção civil precisa se ajustar ao novo cenário de juros altos, priorizando eficiência e inovação para atrair consumidores. O foco em imóveis econômicos e sustentáveis pode ser um diferencial competitivo no médio prazo.